sábado, 10 de dezembro de 2022

No impulso remoto, repousam em silencio, desgastados e moribundos, átomos decimados que as arestas farejam nas trevas e a reminiscência arrasta pelas encruzilhadas sem tino, como se nunca tivesse existido sem lamurias e a amnésia supervisa, forjando supostos relatórios para não alarmar suscetibilidades, de um passado que foi, de um futuro sem nascente e de um presente em ponto morto, à espera do amanhã que em nada difere do hoje. Gostaria tanto de subscrever-vos meus companheiros de viagem! Voltar a ter, ainda que fosse por um segundo o que nos falta com toda a certeza a todos… mas sei que é impossível, mesmo quando as saudades apertam e o nó da corda vai-nos sufocando sem dó nem piedade. Será, que como eu, passais noites velando o nosso passado? Aquela felicidade duradoura que nos incentivava a loucuras das quais não nos arrependemos? Toda a gente passa por estas margens do rio, mas nem todos os rios são iguais… o orgulho que nos manteve unidos em defesa das mesmas causas, brilha onde quer que estejais. Não era amor o que sentíamos uns pelos outros, era afeto incontestável, magia, fascinação que nutríamos praticando desportos contagiosos de onde se libertava o corpo e a alma, daquele emaranhado de confusões ridícula, sem fundamento nem justiça. Compartilhávamos uma liberdade repleta de etnias onde vigorava o respeito a convivência, e o fascínio utilizando a linguagem única e verdadeira sem atritos nem repreensões, La sagesse st le plaisir de vivre dans un Pays merveilleux qui nous a ouver les portes e le coeur sam rien demmender en échange. Acceulliment déxcélance que este impulso notálgico que hoje me invadiu, transporta no coração enquanto poder respirar. Tchau mês grands amis António Braz

Sem comentários: