quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Desejos Quem me dera, poder um dia, voar e poder o mundo abraçar. Levaria comigo nas asas, os que tanto amo e suas casas, para longe da falsidade, onde não houvesse maldade e de mãos dadas em harmonia, amar à noite e sonhar de dia, como quando era mais novo, e sentia o calor do povo que num sorriso passageiro, abria as portas ao desvaneio, longe de preconceitos de invejas, orgulho e vaidade contagiante, esquecendo que todos fomos viajantes, e nas variadas fases da vida fomos esquecendo o guia, aquele que nos deu abrigo, nutriu com afagos e esperança, quando o coração batia forte, e o medo de não encontrar o norte, que o vazio da esperança e da sorte, procurava em terras de ninguém. Quem me dera ter nascido, longe de pessoas que conheci, que em tempos foram companhias, e hoje são estátuas de mármore, seletas e seletivas, porque se julgam maiores, mais poderosas, e independentes, que a sociedade lhes foi legando, e que eu jamais esqueci. Não é o tempo que muda os seres humanos, são eles que mudam com o tempo. Quem me dera viajar nestas asas longas e fortes, e nunca mais baixar, e nem sequer aterrar, atravessar nuvens, ver estrelas, e aquele lindo luar, um céu azul para dormir e o sol para me orientar. São sonhos esfarrapados, são desejos a voar até onde poderem chegar, AB

Sem comentários: