sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O gato preto e branco



Iniciava o meu passeio matinal programado, cujo itinerário, era descer a rua de Vale Cavaleiro até à cabine Eléctrica... virar à direita, Costinha abaixo, onde fiz as minhas três primeiras fotos, descer a estrada até águadalte, e tomar  à esquerda o caminho que me levaria até ao velho campo de futebol. Entretanto, um grande gato vaidoso, vestido de preto e branco, assentado confortavelmente junto da berma da estrada, não parecia disposto a arredar pé, tal um soldado de guarda à porta de armas do quartel. Olhamos-nos fixamente durante uns segundos, pedi-lhe permissão para o fotografar, e como não obtive resposta, deduzi que quem cala consente... mas a superstição aflorou-me a mente, e os velhos adágios davam "trambolhões" no estado de espírito, o qual sabendo da minha abnegação, atirou para longe os preconceitos. Era só um gato formoso!

Estender as pernas neste tempo morto que o outono nos proporciona, e espairecer da confusão gerada, em volta do que certas pessoas chamam Eleições Democráticas, era o principal objectivo, um balão de oxigénio bem necessário e útil. O tempo das intrigas, das objecções intercaladas, das promessas vãs, do corte de relações morais, do melhor e do pior estava definitivamente revogado.
O povo é soberano nas suas decisões, certas ou erradas tem que ser respeitadas. As influencias negativas são factores de risco, que a frustração ou indignação jamais poderão remediar, e que podem igualmente afectar uma minoria impotente, mas... temos o que merecemos, de nada serve lamentar-se nem tentar remediar, com falsas promessas de voltar a reaver, através de remédios milagrosos, que Dr. X ou Jurídico Y teriam supostamente prometido.

Envolvido em pensamentos relacionados com a natureza, deparei com este amontoado de bolas floridas, radiantes no lindo jardim do Miranda, entre as grades férreas e a casa. Não me interessa saber o nome, tem um significado especial na sua realização, como escultura em gesso. Do outro lado, a propriedade do "mica" vedada e para expulsar os maus espíritos, ferraduras de cavalo apertadas à vedação de metro a metro... o pinheiro resplandecente e orgulhoso, mostra aos passantes seus frutos, ainda ligados aos ramos pelo cordão umbilical... dei comigo a murmurar: como é bela a Natureza!
Uns passos mais abaixo, na encruzilhada dos 4 caminhos, a capelinha da Senhora das Graças na sua solidão habitual, protege os que por lá passam mesmo aqueles que não tem um olhar carinhoso ou uma oração breve para lhe dedicar.
Em tempos bem recentes estava coberta de silvas e outras ervas, como abandonada, o que não dignificava uma devoção merecida com arranjos, e a atenção de todos.
Agradecimentos para quem cuidou do seu espaço.









 Este labirinto vim encontrá-lo já no final do meu passeio escoltado pelos grandes cães do gado de Beto, surpreendentes e temerosos pela estatura. Um deles talvez o mais novo mordia-me de tempos a tempos as pernas, talvez na brincadeira mas que me deixava receoso e apreensivo quanto às suas intenções.
Esta paisagem magnifica aliviou completamente o meu stress convidando-me a recomeçar passeios assim mais e mais vezes







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