quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Á nossa volta

O Nordeste transmontano tem vindo a fazer um esforço considerável para acolher o turismo rural, construindo casas de pasto tradicional como milhão com a casa do soto que pode ver clicando no local. Certas delas, servem de solares de grande qualidade e conforto onde se podem realizar eventos de ordem religiosa ou de carácter business, descomprimir, relaxar nas piscinas, programar passeios a cavalo ou em "charrette", enfim... aliviar o stress quotidiano de quem vive a 100 à hora nas grandes cidades; como é o caso em quinta dos castanheiros  Negreda, vem próximo daqui. Embora nem sempre agrade este sistema, com certos inconvenientes contraditórios, como é o caso da falta de rede na Internet, e da gastronomia nem sempre servida como na celebração dos contratos, porque vivemos tempos difíceis, e como em todo o lado as coisas são sempre mais bonitas vistas virtualmente. Contudo, embora ajudados por projectos subvencionados, a iniciativa deu resultados que ultrapassaram as perspectivas no caso Solar de Bornes, com uma vista maravilhosa e uma paisagem encantadora... tudo isto veio dar vida a este canto perdido dos Portugueses, e com a Albufeira do Azibo dar resposta ás magras estruturas existentes, sabendo-se que em Macedo de Cavaleiros existiam apenas estalagens de uma ou duas estrelas, salvo a Do Caçador que possuía cinco mas que infelizmente encerrou definitivamente.
Foram igualmente construídas  casas rurais como por exemplo a do Pelourinho em Rebordainhos, respeitando a arquitectura e estilo do lugar preservado Nacional, em xisto ou granito correspondente ao bairro das pedras. No interior, luxuoso mobiliário, e restantes equipamentos com a finalidade de alugar a famílias que se queiram retirar por uns tempos, daquele ambiente que não mata mas vai moendo a paciência pouco a pouco... inconveniente ter que fazer compras e preparar o repasto, embora disponham dos utensílios necessários para tal.
Outro nosso vizinho é a casa grande das Arcas onde outrora se fizeram grandes banquetes à maneira aristocrata sendo os seus proprietários descendentes da monarquia. Hoje, como em muitos lugares onde havia casas grandes, fixou-se uma restrição forçada pelos anos e pelas condições, dando apenas pousada aos caçadores vindos de longe para se divertirem e ao mesmo tempo aperfeiçoar conhecimentos históricos, de Reis Rainhas, barões e baronesas a quem noutros tempos se lhes tirava o chapéu quando passavam na praça pública.
O solar de chacim que tive a ocasião de visitar numa cerimónia de casamento, oferece excelentes condições, embora não seja permitido a todas as bolsas... excelente gastronomia, serviço impecável.
E deixo para o fim uma casa grande que me é muito querida, a da quinta de vilas boas cujo fragmento do tanque majestoso ornamenta o meu texto... aqui passei parte da minha juventude, chamavam aos proprietários SEPULBEDAS... deram trabalho a muita gente e apagaram fomes a quem por lá passou.
Principal fonte de rendimento os cereais,  as batatas e as castanhas... em tempos fabricou-se lá o luplo flor que dava origem à cerveja... fizeram grande investimento, mas... pouco a pouco foi-se afundando, embora recentemente tivesse havido um projecto grandioso que suponho abortou.

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