…Fazendo contas à vida III
2005 novas eleições autárquicas. Durante a campanha
eleitoral, travou-se uma guerra entre os eventuais candidatos, dois dos três,
ao pelouro de presidente da Freguesia, guardado secretamente a sete chaves,
tentando passar a perna, aos inocentes ignorantes, assinantes das diversas
listas. Como coordenador o “ministro das aldeias” sempre seguido pelo “bufo” de
serviço: o Sr. das areias. Tratava-se de convencer a todo o custo, o candidato
principal da oposição, virar a casaca, ou seja: candidatar-se pelo partido dos
traidores em troca da ajuda à concretização do projeto já aprovado pelo PIDAC;
a construção de um lar para idosos. Posto entre a espada e a parede, só os
bruxos poderão dizer, e sem certezas, o que realmente se tramou, nas jantaradas
noturnas, entre o diabo e seus discípulos, a fim de chegar ao consócio, traidor
mas tão desejado…penso terem sido os remorsos a levar a melhor, quando já muito
próximo das eleições, o nosso candidato deve ter recuado faltando às promessas
feitas sob pressão, lembrando-se dos sacrifícios feitos por deputados e
secretário de estado em Lisboa para obter a aprovação do projeto em Assembleia
da Republica.
Com a nossa lista já bem constituída, a promessa da
construção de um lar, e o atraso na caminhada, o “bufo” mesmo sendo o candidato
ideal, teve grandes dificuldades no confronto direto que não esperava, acabando
por perder as eleições, facto que trouxe atravessado na garganta durante 4
anos, e jurou vingar-se, fazendo todos os possíveis para que não fosse
concedido um tostão por parte da Câmara, à realização de obras em Murçós. O
ministro das aldeias, que também lhe tinha saído o “tiro pela culatra”, nunca
mais se viu na aldeia, indeferia tudo quanto estivesse relacionado com
comparticipações… tentou afundar o projeto em execução, tudo servia para
vingar-se por ter sido tomado por lorpa…
O executivo constituído pelos mesmos três membros teve
dificuldades em remar a contracorrente durante este mandato, que pessoalmente
apelidei, após julgamento pessoal, de: “o traidor, traído”. Porém, com os
fundos de financiamento das freguesias, cerca de 130 mil euros por mandato para
quem ignore, conseguimos realizar importantíssimas obras, tais como:
A abertura e asfalto da rua de Vale de Cavaleiro, custo dos
trabalhos: 26,000,00.
Abro aqui parênteses para salientar sem preconceito
pretensioso, que esta obra é de utilidade pública, servindo os interesses de
todos os que hoje lá passam, e são numerosos, sublinhando a boa utilidade em
detrimento do que as línguas venenosas tentam fazer querer… como reconhecimento
em ter doado cerca de duzentos metros quadrados, e permitir a abertura desta
rua, pois todos sabem que aqui apenas existia um “carreirão” recebo os piropos
que serve apenas o meu interesse o que é completamente falso.
Alargamento do cemitério, 80m de comprido por 20 de largo,
onde mais uma vez a sorte ou o azar me dotou de vitima, vendendo o terreno
herdado, pela soma simbólica de 500 euros esperando ser um benefício para a
população da Aldeia, o que não reflete a verdade já que, neste terreno serão vendidas
pela junta de freguesia mais de 60 campas pelo preço de 250 euros cada. Os
lucros que superam os 15,000,00 os quais só Deus sabe para que são utilizados…
não tendo acesso ao serviço contabilístico, manipulado por um técnico pago
anualmente para camuflar e fazer o que os mandões dizem. Para além do alargamento,
do cemitério, foram também organizados e empedrados os passeios e alargado o
centro de acolho, com paralelo pequeno, rebocados e pintados todos os muros e
portais, cujos custos excederam os 30.000,00. O alargamento da rua do casarão,
dando seguimento à de vale de cavaleiro, com construções de suporte de muros,
ficou também pronto para o asfalte. Custo da obra cerca de 12.000,00. Foi feita
uma exploração de água junto do S. António com um furo de 180 de profundidade com
bomba elétrica e todos os meios de funcionalidade, que permitia abastecer cerca
de 30.000 litros por 48h, que segundo me consta foi deixada ao abandono, por conveniência
ou incompetência faltando a água nas nossas torneiras durante todo o ano mesmo
sendo paga a 5 euros o m3.
Os traidores e destruidores da Aldeia de Murçós só nas
eleições de 2009 conseguiram atingir o lugar tão desejado, utilizando mais uma
vez a “falcatrua” ameaças de represálias e outras manobras, peritos nas
aplicações, cujos resultado se podem considerar catastróficos, e que contarei
no próximo post. »»»»» continua15 anos depois
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