terça-feira, 21 de outubro de 2014

15 anos depois ( continuação)

…Fazendo contas à vida III

2005 novas eleições autárquicas. Durante a campanha eleitoral, travou-se uma guerra entre os eventuais candidatos, dois dos três, ao pelouro de presidente da Freguesia, guardado secretamente a sete chaves, tentando passar a perna, aos inocentes ignorantes, assinantes das diversas listas. Como coordenador o “ministro das aldeias” sempre seguido pelo “bufo” de serviço: o Sr. das areias. Tratava-se de convencer a todo o custo, o candidato principal da oposição, virar a casaca, ou seja: candidatar-se pelo partido dos traidores em troca da ajuda à concretização do projeto já aprovado pelo PIDAC; a construção de um lar para idosos. Posto entre a espada e a parede, só os bruxos poderão dizer, e sem certezas, o que realmente se tramou, nas jantaradas noturnas, entre o diabo e seus discípulos, a fim de chegar ao consócio, traidor mas tão desejado…penso terem sido os remorsos a levar a melhor, quando já muito próximo das eleições, o nosso candidato deve ter recuado faltando às promessas feitas sob pressão, lembrando-se dos sacrifícios feitos por deputados e secretário de estado em Lisboa para obter a aprovação do projeto em Assembleia da Republica.
Com a nossa lista já bem constituída, a promessa da construção de um lar, e o atraso na caminhada, o “bufo” mesmo sendo o candidato ideal, teve grandes dificuldades no confronto direto que não esperava, acabando por perder as eleições, facto que trouxe atravessado na garganta durante 4 anos, e jurou vingar-se, fazendo todos os possíveis para que não fosse concedido um tostão por parte da Câmara, à realização de obras em Murçós. O ministro das aldeias, que também lhe tinha saído o “tiro pela culatra”, nunca mais se viu na aldeia, indeferia tudo quanto estivesse relacionado com comparticipações… tentou afundar o projeto em execução, tudo servia para vingar-se por ter sido tomado por lorpa…
O executivo constituído pelos mesmos três membros teve dificuldades em remar a contracorrente durante este mandato, que pessoalmente apelidei, após julgamento pessoal, de: “o traidor, traído”. Porém, com os fundos de financiamento das freguesias, cerca de 130 mil euros por mandato para quem ignore, conseguimos realizar importantíssimas obras, tais como:
A abertura e asfalto da rua de Vale de Cavaleiro, custo dos trabalhos: 26,000,00.
Abro aqui parênteses para salientar sem preconceito pretensioso, que esta obra é de utilidade pública, servindo os interesses de todos os que hoje lá passam, e são numerosos, sublinhando a boa utilidade em detrimento do que as línguas venenosas tentam fazer querer… como reconhecimento em ter doado cerca de duzentos metros quadrados, e permitir a abertura desta rua, pois todos sabem que aqui apenas existia um “carreirão” recebo os piropos que serve apenas o meu interesse o que é completamente falso.
Alargamento do cemitério, 80m de comprido por 20 de largo, onde mais uma vez a sorte ou o azar me dotou de vitima, vendendo o terreno herdado, pela soma simbólica de 500 euros esperando ser um benefício para a população da Aldeia, o que não reflete a verdade já que, neste terreno serão vendidas pela junta de freguesia mais de 60 campas pelo preço de 250 euros cada. Os lucros que superam os 15,000,00 os quais só Deus sabe para que são utilizados… não tendo acesso ao serviço contabilístico, manipulado por um técnico pago anualmente para camuflar e fazer o que os mandões dizem. Para além do alargamento, do cemitério, foram também organizados e empedrados os passeios e alargado o centro de acolho, com paralelo pequeno, rebocados e pintados todos os muros e portais, cujos custos excederam os 30.000,00. O alargamento da rua do casarão, dando seguimento à de vale de cavaleiro, com construções de suporte de muros, ficou também pronto para o asfalte. Custo da obra cerca de 12.000,00. Foi feita uma exploração de água junto do S. António com um furo de 180 de profundidade com bomba elétrica e todos os meios de funcionalidade, que permitia abastecer cerca de 30.000 litros por 48h, que segundo me consta foi deixada ao abandono, por conveniência ou incompetência faltando a água nas nossas torneiras durante todo o ano mesmo sendo paga a 5 euros o m3.
Os traidores e destruidores da Aldeia de Murçós só nas eleições de 2009 conseguiram atingir o lugar tão desejado, utilizando mais uma vez a “falcatrua” ameaças de represálias e outras manobras, peritos nas aplicações, cujos resultado se podem considerar catastróficos, e que contarei no próximo post. »»»»» continua15 anos depois

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