quarta-feira, 15 de outubro de 2014

quinze anos depois (continuação)

… Fazendo contas à vida II
… Ela pode ser vivida com percalços, privações, ou simplesmente como um ciclo de rotina, semelhante à grande roda de entretenimento que se encontra nas festas regionais; nos circos de palhaços disfarçados em seres humanos; em peças teatrais representando cenas ou personagens; no tribunal dos aldrabões, com testemunhos falsos e pagos, advogados ambiciosos com capacidade para ludibriar os Juízes cujos honorários serão pagos qualquer que seja o desfecho da sentença.
Voltando ao nosso mandato autárquico de 2001 a 2005, no qual fiz a minha 1ª experiencia política, quase involuntariamente e com a maior das ingenuidades nesta caminhada que sempre considerei como insensível aos verdadeiros problemas existentes, camuflando a verdade e usufruindo das desgraças mundanas sem preconceitos.
A Câmara tinha passado para o outro lado, contudo, e talvez graças às numerosas merendas, que podemos chamar de copiosos repastos, na casa e pela conta do presidente do executivo, para lhe serem facultados determinados privilégios, em beneficio da Freguesia, cuja luta foi sempre uma constante prioridade, ainda que as más-línguas invejosas vissem nestes encontros outras finalidades de interesse pessoal, que eu posso desmentir categoricamente, acompanhando de muito perto o serviço de contabilidade organizada simplificada, (POCAL) como exigia o tribunal de contas, jamais foi utilizado um cêntimo da junta de freguesia para pagamentos que não fossem despesas correntes da mesma; começou nestes tempos a aproximação do Sr. das areias, cuja história do passado como presidente desta junta todos conhecem saindo lesados em milhares de escudos em seu benefício astucioso; através do presidente em função, dos vereadores, sobretudo o que nomeavam como: “ministro das Aldeias” presidente vice-presidente, engenheiros e arquitetos, mais os que tivessem qualquer poder para levar a bom termo o premeditado minuciosamente, que esta raposa manhosa, fingindo amizades, se foi pouco a pouco aproximando, com pezinhos de lã, sem custos, pois nunca foi homem de pagar um copo a quem quer que seja, sorrateiro, sorriso de p… falsa, e ares de Sr. das areias do qual deveria ter vergonha em vez de se orgulhar, daqueles que lhe podiam proporcionar trabalho para a empresa até então biscateira. Começou pelo saneamento, e conduta das águas, sendo-lhe adjudicada após a graxa e o pouco de confiança já adquiridas, cujos acabamentos foram lamentavelmente vergonhosos, sobretudo para um empreiteiro que se dizia filho e amante da terra… a sua tática resultava… foi metendo um dedo, depois a mão, em seguida o braço para finalmente entrar pelas portas da Câmara como um cão entra numa igreja, se estas estiverem abertas – isto dito pelo próprio com o maior dos orgulhos. Lá jeito para a comédia tinha ele, e, como frequentemente acontece, são sempre estes os bons da fita…

Neste nosso 1ª mandato tivemos uma extraordinária colaboração financeira, por parte do Município, nas importantes obras realizadas, tais como: a remodelação total da Igreja, adro, suporte de muros, empedramentos, grelhas de evacuação das águas pluviais, saneamento, condutas de águas, etares, compra e desterro do terreno previsto para a construção do lar para idosos, ainda em concurso de projeto, mas neste tempo apoiado integralmente, pelos falsos amigos que entravam nos grandes portões férreos, subiam para a casa do ignorante onde eram tratados como verdadeiros “lordes” com o que há de bom e de melhor… o nosso Sr. das areias andava sempre por perto, até porque tinha atingido os seus principais objetivos, que sempre constaram da infiltração entre os poderosos, para deles retirar o máximo lucro, e ser bem-visto pela população, matando dois coelhos com uma só cajadada… posso afirmar sem margem para dúvidas, que este ambicioso hipócrita, recebeu pela totalidade de todas estas obras, para as quais não precisou de concorrer sendo-lhe diretamente adjudicadas sem conhecimento nem consentimento da Assembleia de Câmara, que era maioritariamente da mesma cor, milhares de euros… da nossa mão recebeu vários cheques, dos quais existem duplicados, na ordem dos quarenta a cinquenta mil euros dos quais nunca apresentou faturas nem recibos, perante insistência nossa, contagiando o serviço contabilístico.»»»»»»»»»»»»»»»» continua

2 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Tonho

Eu tinha uma certa esperança de que as aldeias escapassem a esse fadário. Pelos vistos, a contaminação chega até onde eu julgava impossível. É importante que se denunciem as coisas, com rovas na mão.

Beijos

antonio disse...

Olá Fátima! desculpa a demora a responder. O mais curioso destas cenas é que os malfeitores saem sempre impunes, neste caso até gloriosos aos olhos de muita gente de ideias fixas, mesmo sabendo que este sujeito destruiu completamente uma Aldeia e a sua população e hoje está-se marimbando para as graves consequências... há quem diga que a verdade vem sempre ao de cima, porém quando se olha para trás e é demasiado tarde para remediar, caimos na frustração impotente da revolta e indignação inconformados. Sei perfeitamente que o que escrevo não traz de volta à Aldeia as percas colossais pelas quais os responsáveis jamais serão punidos, nem sequer vistos como alguém lhes chamou: (os coveiros do povo) contudo, é uma maneira de descarregar o que me vai minando com o decorrer do tempo que nos mostra dia após dia as graves consequencias de erros imperdoáveis. Obrigado pela visita. Beijos