terça-feira, 6 de setembro de 2022

À porta AB Deixa lá fora as vestimentas cheias de nódoas, que ambos manchámos, não precisas bater à porta, sobe as escadas quando o sol se esconder por detrás das nuvens que criámos, e de olhos fechados tenta adivinhar onde nos escondíamos para crescer, no silencio das imposições que tantas vezes umedeceram olhares discretos que nos envolviam em soluços profundos, penetrantes, e nos amarravam a um porto que não nos pertencia, a sonhos impossíveis, onde navegávamos parados à espera daquele milagre que tardava, tardava tanto a surgir! Alguém ordenou que jamais se realizasse e nós continuávamos a esperar, não tínhamos pressa, era o desejo a sufocarmos, o desalento a confirmar que a nossa luta vã se perderia num destino sem promessas num presente desvanecido e moribundo num futuro sem “lendemain” que acabaria como começou, Nunca na vida…

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