… Fazendo contas à vida II
… Ela pode ser vivida com percalços, privações, ou
simplesmente como um ciclo de rotina, semelhante à grande roda de
entretenimento que se encontra nas festas regionais; nos circos de palhaços
disfarçados em seres humanos; em peças teatrais representando cenas ou
personagens; no tribunal dos aldrabões, com testemunhos falsos e pagos,
advogados ambiciosos com capacidade para ludibriar os Juízes cujos honorários
serão pagos qualquer que seja o desfecho da sentença.
Voltando ao nosso mandato autárquico de 2001 a 2005, no qual
fiz a minha 1ª experiencia política, quase involuntariamente e com a maior das
ingenuidades nesta caminhada que sempre considerei como insensível aos
verdadeiros problemas existentes, camuflando a verdade e usufruindo das desgraças
mundanas sem preconceitos.
A Câmara tinha passado para o outro lado, contudo, e talvez
graças às numerosas merendas, que podemos chamar de copiosos repastos, na casa
e pela conta do presidente do executivo, para lhe serem facultados determinados
privilégios, em beneficio da Freguesia, cuja luta foi sempre uma constante
prioridade, ainda que as más-línguas invejosas vissem nestes encontros outras
finalidades de interesse pessoal, que eu posso desmentir categoricamente,
acompanhando de muito perto o serviço de contabilidade organizada simplificada,
(POCAL) como exigia o tribunal de contas, jamais foi utilizado um cêntimo da
junta de freguesia para pagamentos que não fossem despesas correntes da mesma;
começou nestes tempos a aproximação do Sr. das areias, cuja história do passado
como presidente desta junta todos conhecem saindo lesados em milhares de escudos
em seu benefício astucioso; através do presidente em função, dos vereadores,
sobretudo o que nomeavam como: “ministro das Aldeias” presidente
vice-presidente, engenheiros e arquitetos, mais os que tivessem qualquer poder
para levar a bom termo o premeditado minuciosamente, que esta raposa manhosa,
fingindo amizades, se foi pouco a pouco aproximando, com pezinhos de lã, sem
custos, pois nunca foi homem de pagar um copo a quem quer que seja, sorrateiro,
sorriso de p… falsa, e ares de Sr. das areias do qual deveria ter vergonha em
vez de se orgulhar, daqueles que lhe podiam proporcionar trabalho para a
empresa até então biscateira. Começou pelo saneamento, e conduta das águas,
sendo-lhe adjudicada após a graxa e o pouco de confiança já adquiridas, cujos
acabamentos foram lamentavelmente vergonhosos, sobretudo para um empreiteiro
que se dizia filho e amante da terra… a sua tática resultava… foi metendo um
dedo, depois a mão, em seguida o braço para finalmente entrar pelas portas da Câmara
como um cão entra numa igreja, se estas estiverem abertas – isto dito pelo
próprio com o maior dos orgulhos. Lá jeito para a comédia tinha ele, e, como
frequentemente acontece, são sempre estes os bons da fita…
Neste nosso 1ª mandato tivemos uma extraordinária
colaboração financeira, por parte do Município, nas importantes obras
realizadas, tais como: a remodelação total da Igreja, adro, suporte de muros,
empedramentos, grelhas de evacuação das águas pluviais, saneamento, condutas de
águas, etares, compra e desterro do terreno previsto para a construção do lar
para idosos, ainda em concurso de projeto, mas neste tempo apoiado
integralmente, pelos falsos amigos que entravam nos grandes portões férreos,
subiam para a casa do ignorante onde eram tratados como verdadeiros “lordes”
com o que há de bom e de melhor… o nosso Sr. das areias andava sempre por
perto, até porque tinha atingido os seus principais objetivos, que sempre constaram
da infiltração entre os poderosos, para deles retirar o máximo lucro, e ser
bem-visto pela população, matando dois coelhos com uma só cajadada… posso
afirmar sem margem para dúvidas, que este ambicioso hipócrita, recebeu pela
totalidade de todas estas obras, para as quais não precisou de concorrer
sendo-lhe diretamente adjudicadas sem conhecimento nem consentimento da
Assembleia de Câmara, que era maioritariamente da mesma cor, milhares de euros…
da nossa mão recebeu vários cheques, dos quais existem duplicados, na ordem dos
quarenta a cinquenta mil euros dos quais nunca apresentou faturas nem recibos,
perante insistência nossa, contagiando o serviço contabilístico.»»»»»»»»»»»»»»»»
continua
2 comentários:
Tonho
Eu tinha uma certa esperança de que as aldeias escapassem a esse fadário. Pelos vistos, a contaminação chega até onde eu julgava impossível. É importante que se denunciem as coisas, com rovas na mão.
Beijos
Olá Fátima! desculpa a demora a responder. O mais curioso destas cenas é que os malfeitores saem sempre impunes, neste caso até gloriosos aos olhos de muita gente de ideias fixas, mesmo sabendo que este sujeito destruiu completamente uma Aldeia e a sua população e hoje está-se marimbando para as graves consequências... há quem diga que a verdade vem sempre ao de cima, porém quando se olha para trás e é demasiado tarde para remediar, caimos na frustração impotente da revolta e indignação inconformados. Sei perfeitamente que o que escrevo não traz de volta à Aldeia as percas colossais pelas quais os responsáveis jamais serão punidos, nem sequer vistos como alguém lhes chamou: (os coveiros do povo) contudo, é uma maneira de descarregar o que me vai minando com o decorrer do tempo que nos mostra dia após dia as graves consequencias de erros imperdoáveis. Obrigado pela visita. Beijos
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